Ivan e Heleninha em 'Vale Tudo': Romance e Intrigas Agitam Nova Fase da Novela
Por Marina Almeida / mai, 3 2025
Pouca gente imagina, mas cerca de 6 milhões de aposentados e pensionistas foram alvo de uma fraude silenciosa e pesada entre 2019 e 2024. Foi só com a Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril de 2025, que o rombo veio à tona: associações usaram meios ilícitos para descontar valores diretamente na folha do INSS, muitos sem o consentimento real dos beneficiários.
O valor desse golpe é absurdo: a Controladoria-Geral da União (CGU) estima que pelo menos R$6,3 bilhões tenham sido desviados nesse período. A ingeniosidade dos golpistas, segundo investigadores, envolvia até falsificação de assinaturas e métodos pra lá de enganosos para simular autorização. E o alvo principal sempre foi o mesmo: idosos, muitas vezes com baixa escolaridade ou pouca familiaridade com tecnologia, o que facilita a ação desses fraudadores.
O próprio ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, não poupou críticas. Ele classificou a operação como medida urgente para proteger os mais vulneráveis do país e ressaltou que o esquema se aproveitava da confiança e fragilidade financeira dessa parcela da população. A indignação é geral, pois os descontos reduzidos diretamente do benefício chegam a comprometer remédios, alimentação e despesas básicas de quem já tem orçamento contado.
A resposta foi rápida e pesada: 211 mandados de busca em 14 estados, mobilizando um verdadeiro exército — 700 policiais federais e 80 servidores da CGU. Nas primeiras horas, os agentes conseguiram bloquear R$1 bilhão em bens dos envolvidos. Para muita gente, isso serviu de alívio, mas também levantou mais perguntas: como essa estrutura operava sem ser percebida por tanto tempo?
Para complicar ainda mais, a lista de investigados chegou ao topo do próprio INSS. O então presidente Alessandro Stefanutto foi afastado, gerando repercussão dentro e fora do órgão. A investigação aponta que funcionários de alto escalão facilitaram os desvios ao liberar dados sigilosos de beneficiários e até acobertar processos fraudulentos.
Esses são alguns dos crimes imputados aos suspeitos. Uma rede bem articulada, com tentáculos em várias regiões do Brasil, e que agora começa a ser desfeita graças às diligências e cruzamentos detalhados de informações da CGU, Polícia Federal e Ministério da Previdência.
O ministro da CGU, Vinicius de Carvalho, fez um alerta para todos os beneficiários: é fundamental conferir minuciosamente cada desconto registrado no extrato do INSS. Segundo ele, só aceita ter valor deduzido quem manifestou essa vontade de forma clara e legítima — e, fora isso, orientou buscar imediatamente auxílio dos canais oficiais do órgão.
O escândalo reacende um velho temor: a fragilidade do sistema previdenciário brasileiro diante de golpes sofisticados. O caso deixou o governo em alerta, reforçando ações para prevenir esse tipo de abuso e devolvendo a esperança para milhões que dependem do INSS para sobreviver.