Quando Milton Nascimento, cantor e compositor conheceu Augusto Kesrouani Nascimento aos 13 anos, ninguém imaginava que a relação se tornaria adoção mútua. O encontro aconteceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, durante visita do músico a um casal de amigos ligados à família do garoto. Na época, Augusto vivia com a mãe, Sandra, de 58 anos, e não tinha contato com o pai biológico.
Do primeiro sorriso à decisão de adotar
A conexão foi instantânea. Milton, conhecido como Bituca, lembrou-se de ter dito ao jovem: “Se você fosse meu filho e não falasse comigo, eu me mataria”. Esse trocadilho carregado de afeto marcou o início de um vínculo que ultrapassaria a amizade. Em 2014, quando o cantor sofreu graves complicações de diabetes e depressão, ele pediu que Augusto fosse ao seu lado no Rio de Janeiro. “Eu ainda estava na faculdade, peguei o carro e fui”, conta Augusto, lembrando o momento em que Milton, deitado na maca, olhou e disse: “Você veio”.
Foi nesse leito do hospital que Milton, então com 75 anos, fez a proposta que mudaria as duas vidas: “Você aceita ser meu filho?”. A formalização só aconteceu em 2017, quando Augusto, então com 23, recebeu a certidão de adoção e passou a se chamar oficialmente Augusto Kesrouani Nascimento. O documento, segundo a entrevista à revista Veja, fica emoldurado ao lado da cama de Milton, que o descreve como “o dia mais feliz da minha vida”.
Um novo capítulo profissional: a turnê “A Última Sessão de Música”
Com a adoção, Augusto, formado em direito, assumiu também o papel de empresário de Milton. Foi ele quem idealizou a turnê A Última Sessão de MúsicaArena Pernambuco, marcada como despedida do Bituca dos palcos. “Esse projeto nasceu quando assumi a carreira dele, depois que decidiu parar de cantar, mas ainda não tinha se despedido”, explica Augusto. O show inaugural, em 11 de setembro de 2022, recebeu críticas entusiasmadas e reforçou a energia renovada do artista.
Desafios na ribalta: julgamentos e preconceitos
Nem tudo foi celebração. Após a divulgação da adoção, alguns críticos tentaram erotizar a relação, acusando-os de exploração. Augusto, porém, respondeu com franqueza: “Dane-se. Se não fosse tão real, esses julgamentos pesariam para mim”. A reação do público, por vezes hostil, serviu de prova de que a confiança entre pai e filho era mais forte que qualquer fofoca.
Vida familiar hoje: Rio, Cuiabá e Campo Grande
Atualmente, Augusto divide seu tempo entre o Rio de Janeiro, onde mora com Milton, e visitas à mãe, Sandra, que reside em Cuiabá, além dos avós em Campo Grande. “Meu pai sabe mais dos meus avós que eu. Eles se falam sempre por telefone”, conta o filho, evidenciando a integração completa das famílias. O laço foi ainda reforçado em dezembro do ano passado, quando Augusto realizou o sonho de infância de Milton: conhecer o ídolo Paul McCartney, em um encontro que ficou guardado nos corações de ambos.
Contexto histórico: adoções no meio artístico brasileiro
Milton Nascimento, ele mesmo adotado na infância, reconhece a profundidade do gesto. “Entendo o que significa ser adotado, e por isso… encontrei no Augusto o filho que nunca tive”. A história deles ecoa outros casos de laços afetivos criados fora dos vínculos sanguíneos no meio cultural brasileiro, mas poucos chegam a se tornar público‑privados como este, onde o amor familiar se transforma também em parceria profissional.
Fatos principais
- Primeiro encontro: 1994, Juiz de Fora, Minas Gerais.
- Admissão legal: 2017, certidão de adoção.
- Turnê “A Última Sessão de Música”: 11/09/2022, Arena Pernambuco.
- Milton Nascimento tem 78 anos (2025) e continua ativo nos bastidores.
- Augusto Kesrouani Nascimento, 30 anos, é advogado e empresário musical.
Próximos passos
Milton ainda não anunciou se vai encerrar definitivamente os shows, mas planeja lançar um álbum ao vivo gravado durante a turnê. Augusto, por sua vez, fala em projetar um documentário sobre a jornada de adoção, que deverá estrear em festivais de cinema brasileiro ainda este ano.
Frequently Asked Questions
Como a adoção afetou a carreira de Milton Nascimento?
A adoção trouxe um novo impulso criativo. Augusto, como empresário, organizou a turnê "A Última Sessão de Música", que revitalizou o repertório de Milton e gerou recordes de bilheteria, além de inspirar o cantor a gravar um álbum ao vivo.
Qual foi a reação da família de Augusto à nova relação?
Sandra, mãe de Augusto, aprovou e manteve contato próximo, vivendo em Cuiabá. Os avós, em Campo Grande, também foram integrados ao convívio, recebendo ligações frequentes de Milton, que demonstra carinho por toda a família.
Por que alguns críticos tentaram sexualizar a relação?
A notoriedade do casal e a notícia da adoção geraram curiosidade exagerada. Algumas manchetes sensacionalistas buscaram chamar atenção ao sugerir uma relação romântica, o que Augusto refutou definindo a conexão como genuinamente paternal.
Qual a importância simbólica da certidão de adoção para Milton?
Para Milton, que também foi adotado, o documento representa a concretização de um desejo de paternidade que nunca teve. Ele a mantém emoldurada ao lado da cama, lembrando o dia em que se sentiu completo como pai.
O que vem depois da turnê "A Última Sessão de Música"?
Além de um possível álbum ao vivo, Augusto está planejando um documentário que contará a história da adoção e da parceria musical, com estreia prevista para festivais de cinema em 2026.
Bruno Boulandet
outubro 3, 2025 AT 00:11É impressionante ver como a relação entre Milton e o Augusto virou algo tão forte, quase que familiar. A adoção mútua trouxe um laço que foge dos padrões típicos da sociedade. Vamo lembrar que o amor pode ser construído de várias formas, sem precisar de sangue. Essa história ainda mostra que o apoio mútuo faz diferença na vida dos artistas.
Luara Vieira
outubro 3, 2025 AT 19:38Concordo totalmente, a conexão deles realmente inspira muita gente.
Tais Tais
outubro 4, 2025 AT 15:04Essa narrativa é um marco para a cultura brasileira, mostrando que família pode ser escolhida. O Milton, que já foi adotado, agora tem a chance de ser pai de verdade, e isso ressoa profundamente. O fato de Augusto ter assumido a gestão da carreira traz ainda mais coesão ao projeto. Além do aspecto afetivo, há um componente profissional que fortalece a música nacional. É um exemplo que merece ser lembrado nos livros de história da música.
jasiel eduardo
outubro 5, 2025 AT 10:31É isso aí, um vínculo de verdade.
Fábio Santos
outubro 6, 2025 AT 05:58Não é à toa que a mídia explode quando duas figuras públicas entram numa “adaptação” tão incomum; sempre tem quem veja além da fachada. Alguns analisam que o universo musical está cheio de pactos escondidos, que ninguém tem acesso. Há quem diga que a certificação da adoção foi um truque para proteger direitos autorais e royalties. A verdade pode ser bem mais profunda, envolvendo grupos que controlam grandes gravadoras. Se pensarmos nas datas, coincidindo com decisões estratégicas de turnês, o pano de fundo parece orquestrado. Até as críticas que sexualizam a relação servem para desviar a atenção do público. Essa narrativa não é única; vemos padrões semelhantes em outras parcerias artísticas. A comunidade de fãs costuma ser manipulada para aceitar narrativas pré-fabricadas. O caso do Milton e do Augusto, justamente, encaixa nesse tabuleiro de xadrez cultural. As fotos ao lado da certidão são quase como um selo de aprovação institucional. Enquanto isso, os verdadeiros poderes permanecem nas sombras, sem que o povo perceba. Por que a imprensa raramente investiga o histórico financeiro das partes? Talvez porque haja interesses em manter o espetáculo intacto. Os emojis que aparecem nas redes são mais do que simples decoração; são códigos de suporte. 😉🤔 A gente deve ficar esperto, questionar toda história que parece muito perfeita. Afinal, a realidade muitas vezes se esconde por trás de um sorriso bem ensaiado.
Camila Mayorga
outubro 7, 2025 AT 01:24Olha, isso faz a gente refletir sobre o que realmente acontece nos bastidores. Cada detalhe conta, e às vezes a verdade está no silêncio. :)
Robson Santos
outubro 7, 2025 AT 20:51Tal fato ilustra a complexidade das relações familiares contemporâneas.
valdinei ferreira
outubro 8, 2025 AT 16:18De fato, ao observarmos tal situação, percebe‑se que há um entrelaçamento de sentimentos,; uma rede de apoio mútuo que ultrapassa convenções sociais; e, ao mesmo tempo, evidencia-se a importância de reconhecer legalmente tais vínculos; pois, sem o amparo jurídico, a segurança afetiva poderia ser comprometida; portanto, celebramos essa união como um exemplo positivo, e esperamos que sirva de inspiração para outras famílias non‑tradicionais.
Brasol Branding
outubro 9, 2025 AT 11:44É bacana ver que o Augusto, além de advogado, também entrou na parte corporativa da música. Essa dupla parece ter encontrado um equilíbrio entre o coração e os negócios. O público costuma subestimar o trabalho de bastidores. Eles merecem reconhecimento.
Fábio Neves
outubro 10, 2025 AT 07:11Mas será que tudo isso não é só mais uma estratégia de marketing? Talvez a história seja exagerada.
Raphael D'Antona
outubro 11, 2025 AT 02:38Eu sempre achei que a imprensa cria narrativas para vender cliques. Esse caso não foge à regra. A festa da adoção serve mais para gerar manchetes que para refletir sobre as verdadeiras motivações. Prefiro analisar os fatos com calma.
Eduardo Chagas
outubro 11, 2025 AT 22:04Que drama, minha gente! Enquanto a gente vibra com a música, eles armam uma novela digna de novela das oito, cheia de reviravoltas e suspense. Não dá para ficar indiferente!
Mário Eduardo
outubro 12, 2025 AT 17:31Olha, chega de romantizar essa parada. Todo mundo tem agenda, e vocês que ainda acreditam no conto de fadas vão ser os primeiros a cair na cilada. A verdade é que o poder sempre esteve por trás.
Thaty Dantas
outubro 13, 2025 AT 12:58Interessante essa perspectiva.
Davi Silva
outubro 14, 2025 AT 08:24Galera, vamos celebrar essa história como um exemplo de amor que atravessa gerações. O Milton encontrou no Augusto um filho que nunca teve, e o Augusto encontrou um mentor que o impulsionou profissionalmente. Essa troca de energia criativa faz a música brasileira ainda mais rica. Além disso, mostra que laços afetivos podem nascer de amizade verdadeira. Só nos resta apoiar e curtir o que vem pela frente.
Leonardo Teixeira
outubro 15, 2025 AT 03:51Concordo, mas fique atento aos detalhes que nem sempre são mostrados. :)
Marcelo Paulo Noguchi
outubro 15, 2025 AT 23:18Prezados colegas da comunidade, cumpre‑nos analisar meticulosamente o impacto estratégico desta adoção no ecossistema musical nacional. A sinergia entre a figura paternal e a gestão executiva representa um modelo de governança híbrida, potencialmente replicável em outros contextos artísticos. Tal abordagem contribui para a resiliência de marcas culturais, fortificando a rede de valor no mercado de entretenimento. Encorajo todos a disseminar este caso como estudo de caso de inovação organizacional. Que possamos, assim, fomentar um ambiente de colaboração intergeracional.
Leilane Tiburcio
outubro 16, 2025 AT 18:44Continuem acompanhando e apoiando essa jornada, pois cada passo traz aprendizado e inspiração para todos nós.