Em um clima gelado e um estádio lotado, Minnesota United FC surpreendeu os fãs da Seattle Sounders FC na noite de 27 de outubro de 2025, vencendo por 3-2 nos pênaltis após 120 minutos sem gols no Allianz Field, em St. Paul. O goleiro Dayne St. Clair foi o herói da noite: após salvar o pênalti de Alex Roldán, viu Cristian Roldán e Danny Leyva acertarem a trave — e assim, os donos da casa levaram a vantagem na série melhor de três da Audi MLS Cup Playoffs. A torcida, que lotou o estádio com 16.945 pessoas sob temperaturas de 50°F e céu nublado, explodiu em comemoração quando o último chute de Seattle falhou. Nada de gols. Nada de emoções fáceis. Só pressão, nervosismo e um goleiro que parecia ler a mente dos cobradores.
Uma noite de defesas e quase-gols
Nada aconteceu nos 90 minutos regulares. Nada nos 30 minutos da prorrogação. Foi um jogo de tática, de bloqueios e de oportunidades desperdiçadas. O primeiro grande salvamento veio aos dois minutos: Dayne St. Clair espalmou um chute de Jordan Morris, que parecia certo de marcar. A partir daí, o jogo virou um jogo de xadrez entre as defesas. Stefan Frei, goleiro da Seattle, fez duas intervenções cruciais contra Nectarios Triantis e Jefferson Díaz. Enquanto isso, Bongokuhle Hlongwane tentava furar a linha defensiva pela direita, mas os zagueiros da Sounders mantinham a forma. Aos 65 minutos, o capitão de Minnesota, Michael Boxall, levou um cartão amarelo por uma entrada dura — mas também foi o líder da defesa que impediu qualquer avanço limpo da equipe visitante. Já Yéimar Gómez Andrade, de volta após se recuperar de uma lesão no tendão da coxa sofrida em 27 de setembro, mostrou que ainda tinha fôlego para o grande palco. Sua volta foi uma aposta ousada do técnico Brian Schmetzer, que trocou quatro jogadores da última partida da temporada regular.Os pênaltis: um teatro de nervos
A sequência dos pênaltis foi caótica — e perfeita. Kelvin Yeboah abriu para Minnesota. Albert Rusnák empatou para Seattle. Depois, Nectarios Triantis marcou. E então veio o momento decisivo: Alex Roldán foi para a cobrança, e Dayne St. Clair adivinhou o canto. A bola bateu na mão do goleiro e saiu. O estádio entrou em êxtase. Jackson Ragen converteu para Seattle. Joaquín Pereyra marcou para Minnesota. Depois, Julian Gressel acertou o canto superior — 3 a 2 para Minnesota. E então, Cristian Roldán bateu com força... e a bola rebateu na trave. O silêncio foi absoluto. Danny Leyva, o último cobrador da Seattle, tentou salvar a temporada — mas a bola bateu no poste esquerdo. Fim de jogo. Minnesota avançou. Seattle, em crise.O que aconteceu depois — e por que isso importa
A vitória de Minnesota não foi um fim, mas um começo. A Seattle, pressionada, reagiu com força na Game 2, em 3 de novembro. Em um jogo que quase escapou do controle, os Sounders venceram por 4-2, com Obed Vargas marcando duas vezes — incluindo um gol aos 86 minutos — e Jordan Morris e Danny Musovski completando o placar. O time da Costa Oeste abriu 3-0 no primeiro tempo, mas Minnesota, desesperada, marcou dois gols na parada de acréscimos — quase igualando a série. Foi um susto. Um aviso. E agora, tudo se resume a um único jogo.Game 3: o confronto definitivo
No sábado, 8 de novembro de 2025, às 13h (horário do Pacífico), o Allianz Field voltará a tremer. O mesmo estádio onde tudo começou. O mesmo campo onde Dayne St. Clair se tornou lenda. Mas agora, a Seattle chega com fome de redenção. A equipe de Brian Schmetzer já provou que pode ser letal em casa — e agora, tem a vantagem psicológica de saber que pode vencer mesmo quando parece perdido. Já Minnesota, que nunca venceu a MLS Cup, vê nesta série a melhor chance da sua história. A pressão é imensa. A torcida, mais do que nunca, será o 12º jogador. E se a defesa de Minnesota continuar tão sólida? E se Cristian Roldán, com 33 jogos de playoffs — o segundo maior número entre jogadores ativos —, decidir tudo com um chute de fora da área?Por que isso tudo importa?
A Audi MLS Cup Playoffs de 2025 trouxe uma mudança radical: pela primeira vez, a primeira rodada da Conferência Oeste é melhor de três. Isso significa que uma única derrota em casa — como a de Minnesota no primeiro jogo — não é mais um fim. Mas também significa que uma vitória em casa, como a de St. Clair, pode mudar o rumo de uma temporada inteira. Para os fãs de Minnesota, é a esperança de um título. Para os da Seattle, é o desafio de recuperar o domínio que tiveram entre 2016 e 2022. E para o futebol americano? É mais um capítulo que prova: mesmo em um esporte dominado por estrelas, é a defesa, a coragem e a frieza nos pênaltis que fazem campeões.Frequently Asked Questions
Como foi o desempenho de Dayne St. Clair nos pênaltis?
Dayne St. Clair fez a única defesa decisiva da série, salvando o pênalti de Alex Roldán no quarto chute. Além disso, sua liderança e calma inspiraram a defesa de Minnesota durante toda a prorrogação. Ele também fez três grandes defesas na partida regular, incluindo uma no segundo minuto contra Jordan Morris. Sua atuação foi considerada a melhor da noite por analistas da ESPN e da Area Sports Network.
Por que a Seattle fez tantas mudanças no time?
O técnico Brian Schmetzer trocou quatro jogadores por causa de lesões e fadiga. Yéimar Gómez Andrade voltou após 11 dias de recuperação de uma lesão no tendão da coxa, enquanto Danny Leyva e João Paulo foram substituídos por Obed Vargas e Paul Rothrock. A ideia era equilibrar experiência e energia — mas a falta de ritmo nos primeiros 90 minutos mostrou que a adaptação ainda não estava completa.
Qual é o histórico de confrontos entre Minnesota e Seattle nos playoffs?
Antes desta série, Minnesota e Seattle nunca se enfrentaram nos playoffs. Esta é a primeira vez que os dois times se enfrentam em uma partida decisiva. Minnesota, que entrou na liga em 2017, ainda busca seu primeiro título. Já Seattle, com duas MLS Cups (2016 e 2019), é um dos times mais vitoriosos da era moderna da liga.
O que está em jogo no Game 3?
O vencedor avança para a segunda rodada da Conferência Oeste, enfrentando o vencedor entre Portland Timbers e LA Galaxy. Para Minnesota, é a chance mais real de chegar à final da MLS. Para Seattle, é uma tentativa de manter sua tradição de playoffs profundos — e evitar a eliminação precoce pela primeira vez desde 2018. A pressão é enorme: o Allianz Field está vendido, e o clima promete ser gelado.
Por que o formato de melhor de três foi adotado?
A MLS adotou o formato de melhor de três na primeira rodada da Conferência Oeste em 2025 para aumentar o número de jogos em casa e gerar mais receita com ingressos e transmissões. Também visa reduzir a sorte de uma única partida. Mas o resultado foi um aumento na intensidade — e em jogos como este, onde o equilíbrio é absoluto, o formato só intensifica o drama.
Quem é o grande favorito para o Game 3?
Apesar da vitória de Seattle na Game 2, Minnesota tem vantagem psicológica: venceu em casa, e o Allianz Field é um caldeirão. Além disso, a defesa está mais coesa, e Dayne St. Clair está em ótima fase. Mas a Seattle tem mais experiência em jogos decisivos. O favorito? Quem tiver mais calma na hora H. E isso, ninguém pode prever.