Corinthians: Novo pedido de impeachment contra Augusto Melo gera tensão no clube
Por Marina Almeida / dez, 1 2024
Nos bastidores do entretenimento brasileiro, a Rede Globo articula uma nova estratégia para reconquistar a audiência. O cenário já não é o mesmo da década de 80, quando a emissora ditava tendências, e a televisão era o ponto central de lazer nas casas brasileiras. Anteriormente, sua lista de novelas e programas variava de fenômenos de audiência a produções que marcaram gerações. Hoje, o desafio é diferente: competir com a ampla gama de opções oferecidas por gigantes do streaming, como Netflix, que cativam, principalmente, o público jovem.
Para enfrentar essa concorrência feroz, a Globo está vasculhando seu arsenal de histórias de sucesso do passado, e uma parte dessa estratégia é trazer de volta a série 'Tieta'. Originalmente exibida no final dos anos 80, 'Tieta' foi um marco na teledramaturgia nacional e encantava milhões com seus capítulos envolventes e personagens carismáticos. A ideia de reviver uma série tão icônica é tentar aproveitar a nostalgia e o carinho que os espectadores mais velhos ainda guardam dessa época dourada da televisão.
No entanto, mesmo com o retorno de séries clássicas, desafios permanecem para a Globo. A novela 'Mania de Você', uma das apostas recentes da emissora, não atingiu a audiência desejada. A média de 22 pontos alcançada ficou muito abaixo dos 30 pontos que eram o objetivo inicial. Isso acende um alerta vermelho sobre as preferências dos telespectadores de hoje. Enquanto as produções tradicionais ainda possuem seu charme, o formato de televisão aberta parece não contemplar mais a variabilidade de escolhas disponíveis nas plataformas de streaming, que oferecem liberdade de escolha de horários e conteúdo solicitado sob demanda.
Para a Globo, compreender a Geração Z, que compreende jovens nascidos entre o meio dos anos 90 e 2010, é crucial. Este público cresceu conectado à internet e tem preferências marcadas por diversidade, inovação e facilidade de acesso através de dispositivos móveis. A atração por conteúdos tradicionais diminuiu, e a televisão não é mais a principal fonte de entretenimento. Essa tendência se torna cada vez mais evidente nos números decrescentes das audiências televisivas.
Superar tal cenário é uma missão complexa, mas não impossível. O que se espera é um equilíbrio, onde formatos clássicos e novas propostas coexistam para satisfazer diferentes públicos. Para tanto, a Globo tem olhado não apenas para produções passadas, mas também para incorporar a flexibilidade e interatividade que as novas mídias oferecem.
O futuro do entretenimento global, portanto, reside em experimentar e integrar diferentes plataformas, sejam elas tradicionais ou digitais. Para a Globo, este é o momento de adaptar-se, de ouvir seu público e de invocar todas as ferramentas ao seu dispor para continuar sendo relevante. As novas apostas e o retorno de clássicos como 'Tieta' são passos nessa direção, mas ainda requerem um entendimento mais profundo e uma adaptação mais rápida às demandas e ao comportamento do público moderno.