Empate sem brilho, mas com tensão: River Plate e Monterrey travam batalha no Mundial de Clubes
Ninguém esperava um jogo bonito, mas poucos imaginavam tanta tensão em campo. No dia 21 de junho de 2025, o Rose Bowl, na Califórnia, foi palco de um 0 a 0 cheio de drama e cartões entre River Plate e Monterrey, válido pela fase de grupos do Mundial de Clubes. A partida, cercada por rivalidade sul-americana e mexicana, entregou mais disputa física e nervos à flor da pele do que chances claras de gol.
Os dois times chegaram ao duelo cientes do peso do resultado no Grupo E, que também incluía a poderosa Inter de Milão e os japoneses do Urawa Red Diamonds. Com estilos de jogo bem diferentes, River e Monterrey se anularam na maior parte do tempo. A marcação pesada tomou conta, e não faltaram entradas duras: o árbitro precisou mostrar uma sequência de cartões para tentar controlar os ânimos.
No primeiro tempo, o River Plate ficou mais tempo com a bola, mas faltou inspiração. Os argentinos rodaram o jogo, tentaram acionar suas pontas rápidas e exploraram bolas paradas, sem conseguir superar a zaga mexicana. O Monterrey apostou em rápidas transições e, sempre que roubava a bola, acelerava buscando surpreender. Ainda assim, poucas finalizações exigiram trabalho dos goleiros Armani e Andrada, que foram meros espectadores em boa parte da partida.
Fase de grupos embolada: Inter de Milão impõe superioridade e define destinos
O cenário no Grupo E não permitiu erros. Com o empate, River Plate e Monterrey ficaram empatados em pontos, aumentando o clima de apreensão para os jogos seguintes. O River, pressionado, enfrentou a Inter de Milão precisando da vitória. Mas a equipe italiana mostrou por que é uma das favoritas: venceu os argentinos por 2 a 0 e selou o destino dos rivais.
Com esse resultado, a Inter de Milão disparou na liderança com 7 pontos, mostrando enorme força coletiva e repertório ofensivo. O Monterrey, com 5 pontos graças ao empate tenso e uma vitória sobre o Urawa Red Diamonds, garantiu o segundo lugar e a vaga nas quartas de final. O River Plate, vítima dos próprios erros ofensivos e de uma postura pouco agressiva contra adversários diretos, se despediu do torneio ainda na fase de grupos, com amargo gosto de frustração.
O empate sem gols entre River Plate e Monterrey foi um retrato fiel do equilíbrio na chave. Faltou futebol vistoso, mas sobrou tensão. Cada disputa de bola parecia decisão, e cada falta provocava discussões acaloradas entre jogadores e com a arbitragem. Para a torcida presente no Rose Bowl, o jogo serviu como lembrança de que, em torneios tão competitivos, o detalhe faz a diferença — e quem vacila fica pelo caminho.