Assédio: o que é, tipos e como se defender

Assédio pode aparecer de várias formas, mas a base é a mesma: alguém usa poder ou intimidação para constranger outra pessoa. Seja no trabalho, na escola, nas redes ou em relações íntimas, o efeito é sempre o mesmo – quem sofre sente medo, vergonha ou insegurança. Entender o que é assédio ajuda a identificar quando algo não está certo e a buscar ajuda mais rápido.

Quando falamos de assédio, o primeiro nome que costuma surgir é o assédio sexual. Ele inclui comentários sugestivos, pedidos de favores íntimos, gestos inapropriados ou qualquer contato físico indesejado. No ambiente corporativo, pode ser um chefe que faz “piadinhas” de teor sexual ou manda mensagens íntimas para a equipe. O ponto de partida é a falta de consentimento: se a pessoa não quer, já é assédio.

Tipos de assédio

Além do sexual, há o assédio moral, que se manifesta como humilhações, críticas constantes, isolamento ou divulgação de boatos. No trabalho, isso pode ser um supervisor que ridiculariza o funcionário na frente dos colegas ou que retira projetos importantes sem explicação. Outro tipo importante é o assédio virtual, que acontece nas redes sociais e aplicativos de mensagem. Comentários abusivos, perseguição online (stalking) e difamação se enquadram nessa categoria.

Em escolas e universidades, o assédio pode combinar essas formas: professores que abusam de sua autoridade para tirar proveitos pessoais, colegas que praticam bullying sexual ou moral, e inclusive grupos que espalham vídeos difamatórios. Cada contexto tem suas particularidades, mas a linha de partida continua a mesma – ninguém tem o direito de violar a dignidade alheia.

Como agir e buscar ajuda

Se você percebeu que está sendo assediado, a primeira atitude prática é documentar tudo: guarde e‑mails, prints de mensagens, anote datas, horários e testemunhas. Essa prova pode ser crucial se você decidir levar o caso à justiça ou à ouvidoria da empresa. Não se culpe pela situação; o culpado é quem age de forma abusiva.

Procure apoio imediato. Fale com alguém de confiança – um amigo, familiar ou colega – que possa oferecer suporte emocional. No ambiente de trabalho, procure o setor de recursos humanos ou a comissão interna de ética. Caso a situação envolva violência física ou ameaça grave, registre um boletim de ocorrência na delegacia ou procure a Polícia Civil.

Na esfera jurídica, a Lei Maria da Penha protege contra violência doméstica, incluindo assédio sexual no âmbito familiar. O Código Penal tipifica crimes de assédio moral e sexual, e a Lei nº 13.185/2015 cria mecanismos de combate ao bullying nas escolas. Consulte um advogado especializado para saber qual caminho seguir.

Além da ação legal, cuidar da saúde mental é fundamental. Psicólogos e terapeutas podem ajudar a lidar com o trauma e a reconstruir a autoconfiança. Muitas ONGs oferecem atendimento gratuito ou por preço acessível, então vale pesquisar opções na sua região.

No site Notícias de Forma, você acompanha as últimas manchetes sobre casos de assédio no Brasil, análises de decisões judiciais e dicas de prevenção. Ficar informado ajuda a reconhecer padrões de comportamento abusivo e a agir antes que a situação se agrave.

Em resumo, reconhecer os diferentes tipos de assédio, documentar as evidências e buscar apoio são passos essenciais para se proteger. Ninguém deve viver com medo ou constrangimento – o direito de ser respeitado é inegociável. Se precisar, use as ferramentas que a lei e a sociedade oferecem e não hesite em denunciar.

Por Thais Chanoft / out, 8 2024

Acusações de assédio contra ex-ministro Silvio Almeida geram repercussão política e social

O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, enfrenta acusações de assédio por mais de sete mulheres, incluindo a Ministra Anielle Franco. As acusações incluem relatos de violência sexual e comportamento inadequado, levando à sua demissão. Anielle agradeceu ao Presidente Lula pela decisão rápida, enquanto Silvio Almeida nega veementemente todas as alegações, alegando serem ataques políticos.

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