Transtorno bipolar: o que é, como reconhecer e tratar

Se você já ouviu alguém falar que está “no auge” ou “na pior fase” da vida, pode ser que esteja descrevendo um quadro de transtorno bipolar. Essa condição afeta o humor, a energia e a capacidade de tomar decisões, e entender seus sinais ajuda a agir antes que a situação piore.

O transtorno bipolar não é apenas um "altinho" e "baixinho". São mudanças de humor que duram dias, semanas ou até meses, e podem interferir no trabalho, nos estudos e nos relacionamentos. O diagnóstico precoce costuma trazer um tratamento mais efetivo, por isso vale ficar atento aos principais indícios.

Principais sintomas do transtorno bipolar

Existem duas fases bem distintas:

  • Fase maníaca: humor eufórico, pouca necessidade de sono, fala rápida, ideias que voam, impulsividade nas compras ou nos projetos, sensação de que tudo é possível. Nessa fase, a pessoa costuma gastar dinheiro, assumir riscos e pode irritar quem está ao redor.
  • Fase depressiva: tristeza profunda, falta de energia, dificuldade de concentração, perda de interesse em atividades que antes gostava, até pensamentos de culpa ou suicídio. Essa fase costuma ser mais longa e pode ser bem debilitante.

Algumas pessoas vivem ciclos curtos entre as duas fases (bipolar tipo II) e podem passar muito tempo em um estado “hipomaníaco”, que é mais leve que a mania, mas ainda afeta o dia a dia.

Se perceber que esses padrões se repetem, procure um profissional de saúde mental. O médico costuma usar entrevistas, questionários e, às vezes, exames para descartar outras causas.

Como é feito o tratamento

Não há cura, mas o transtorno bipolar pode ser controlado. O tratamento costuma combinar:

  • Medicamentos: estabilizadores de humor (lítio, valproato), antipsicóticos e, em alguns casos, antidepressivos. Cada pessoa reage de forma única, por isso o acompanhamento médico é essencial.
  • Terapia: a terapia cognitivo‑comportamental ajuda a reconhecer gatilhos, a organizar rotinas e a lidar com pensamentos negativos. A terapia familiar também é útil, porque o apoio de quem está perto faz diferença.
  • Estilo de vida: dormir em horário regular, praticar exercícios, evitar álcool e drogas, e manter uma alimentação equilibrada ajudam a estabilizar o humor.

É comum precisar ajustar a dose dos remédios ao longo do tempo. Não pare o tratamento por conta própria, mesmo que se sinta melhor. Se surgirem efeitos colaterais, converse com o médico para buscar alternativas.

Além disso, ter alguém de confiança para conversar quando os sintomas mudarem pode prevenir crises mais graves. Grupos de apoio, seja presencial ou online, dão espaço para trocar experiências e reduzir o sentimento de isolamento.

Em resumo, o transtorno bipolar exige atenção, tratamento contínuo e apoio. Quando a combinação certa de medicação, terapia e hábitos saudáveis está em prática, a maioria das pessoas consegue viver de forma produtiva e feliz. Se reconheceu algum desses sinais em você ou em alguém próximo, a melhor atitude é marcar uma consulta com um psiquiatra ou psicólogo. Não deixe para depois – a saúde mental merece cuidado imediato.

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