Al Ain x Juventus: horário, onde ver e contexto
Clima de jogo grande nos Estados Unidos. Al Ain e Juventus se enfrentaram na quarta-feira, 18 de junho de 2025, às 22h (horário de Brasília), 21h no horário local de Washington (01h UTC de 19/6), pela fase de grupos do Mundial de Clubes 2025. O palco foi o Audi Field, casa do D.C. United, um estádio compacto e barulhento, com pouco mais de 20 mil lugares, perfeito para transformar uma noite de grupo em clima de mata-mata.
No Brasil, a partida foi exibida em TV aberta pela TV Globo e pela RPC (afiliada no Paraná), com cobertura em horário nobre. Para quem acompanha a competição desde o primeiro apito, vale lembrar: a fase de grupos do novo Mundial coloca peso real em cada ponto, sem margem para relaxo. É viagem longa, calendário apertado, e um erro pode custar a classificação.
- Data e horário: 18/6/2025 (quarta), 22h de Brasília
- Local: Audi Field, Washington (EUA)
- Transmissão no Brasil: TV Globo e RPC
- Fusos: 22h BRT = 21h em Washington = 01h UTC (19/6)
O Audi Field entrou no mapa do futebol mundial com a expansão do torneio. Inaugurado em 2018, é moderno, tem gramado natural e costuma segurar bem partidas de alta intensidade. Em junho, a umidade da capital americana pesa, e a temperatura no fim da tarde costuma cair, mas nem sempre o suficiente para aliviar quem corre 90 minutos. Ajuste físico e hidratação viram parte do jogo.

O que está em jogo e as escolhas de cada técnico
A Juventus chegou embalada: vinha de reta final sólida no Italiano, classificação garantida para a próxima Champions e uma sequência invicta de cinco jogos. O time foi a campo com Di Gregorio no gol; uma defesa de três com Gatti, Kalulu e Lloyd Kelly; meio com Thuram e Locatelli sustentando a base; e velocidade pelos lados com Francisco Conceição, além de Kolo Muani e Yildiz encarando a linha de frente. A ideia? Saída sustentada, agressividade sem a bola e pressão alta para encurtar o campo em território adversário.
Do outro lado, o Al Ain tentou virar a mesa. O clube dos Emirados Árabes viveu um ano doméstico irregular, mas chegou ao Mundial buscando a grande noite. A equipe foi escalada com Rui Patrício debaixo das traves; Fábio Cardoso, Park Yong-Woo e Autonne na última linha; meio povoado com Traoré, Nader, Palacios e Erik para fechar espaços; e um trio móvel na frente: Kaku como articulador, Kodjo Laba como referência e Rahimi atacando profundidade. O plano passava por compactação, leitura de transições e bola longa para escapar da pressão italiana.
Taticamente, o confronto prometia choque de estilos. A Juve, com três zagueiros, ganha amplitude natural para os alas e empurra o adversário para trás quando acerta o ritmo. O Al Ain, sabendo disso, tenta negar corredor, atrasar a primeira bola e atrair o erro na construção, explorando pivô de Laba e diagonais de Rahimi. No meio, o duelo físico e de segunda bola vira termômetro: se Locatelli e Thuram dominam o setor, a equipe italiana dita velocidade; se o Al Ain trava a zona central, o jogo abre para cruzamentos e bola parada.
O peso do jogo vai além do rótulo de “estreias” e “grupos”. O formato do Mundial 2025 ampliou a margem de surpresa, mas manteve a régua alta: grupos enxutos, três partidas por time, e só os dois primeiros avançam ao mata-mata. Regra simples: vitória vale três pontos, empate um; critérios de desempate começam por saldo de gols, depois gols marcados e, na sequência, confronto direto e fair play. Com tão poucos jogos, um tropeço pesa como chumbo.
Para a Juventus, a noite em Washington tem outro sentido: reposicionar o clube no cenário global, encurtar a distância para os gigantes que dominaram a Europa nos últimos anos e dar casca ao elenco em ambiente de Copa. Para o Al Ain, é vitrine e afirmação: competir em pé de igualdade contra uma camisa pesada mostra o salto de qualidade do futebol asiático, que investe em estrutura, comissão técnica e metodologia há mais de uma década.
Há ainda os detalhes que não aparecem na súmula, mas decidem: a adaptação ao fuso (seis horas entre Turim e Washington em junho), a gestão de minutos depois de uma temporada europeia longa, e a leitura do clima. Times que entram fortes e administram o segundo tempo costumam levar vantagem nesses cenários. Bola parada também vira arma: faltas laterais e escanteios, com defesa alta de um lado e bons cabeceadores do outro, valem meio gol.
Para o público brasileiro, o interesse vai além da curiosidade: jogo em horário nobre na TV aberta recoloca o Mundial no radar de quem acompanha Copa, Champions e campeonatos nacionais no fim de semana. A transmissão em rede nacional facilita a vida de quem quer ver o duelo completo, sem pular de canal. E, no campo, nomes conhecidos do torcedor europeu ajudam a contar a história: Rui Patrício e Fábio Cardoso no Al Ain; Locatelli, Thuram e Yildiz no lado italiano.
No entorno, Washington abraçou a agenda do torneio. A cidade tem tradição esportiva forte e uma comunidade internacional que enche estádios em jogos de seleções e clubes. O Audi Field, com sua arquibancada inclinada e a torcida perto do gramado, potencializa atmosfera. Para quem esteve lá, vale chegar cedo: checagens de segurança aumentam o tempo de acesso, e a área do estádio costuma ficar congestionada perto do pontapé inicial.
Em resumo, era noite de fase de grupos com cara de jogo eliminatório. A Juventus trouxe forma, sequência e elenco para controlar o roteiro. O Al Ain levou organização, transição e bola longa para quebrar o script. Em torneio curto, cada detalhe pesa — do relógio à bola parada, do desgaste ao banco de reservas — e é isso que faz do Mundial em solo americano um teste de maturidade para quem sonha com o título.